
Cinquenta e nove mulheres quilombolas concluíram a primeira turma do Programa Pacto Jovem Mulher Quilombola, uma realização do Instituto BEI em parceria com a Malungu, por meio da Coordenação de Gênero e de Juventude.
A cerimônia de formatura, que marcou o encerramento dos cursos gratuitos de Informática Básica, Gestão Ambiental, Marketing e Vendas e Recepção de Eventos e Hospedagem, aconteceu nesta terça-feira (21), na sede do SENAI, em Belém. A iniciativa é fruto da parceria entre o Instituto BEI e a Malungu com apoio do SENAI.
O programa ofereceu cursos de qualificação profissional com certificação pelo SENAI, além de apoio financeiro, mentorias e orientação para inserção no mercado de trabalho.
As formações foram voltadas a mulheres quilombolas residentes nos municípios de Belém, Ananindeua, Santa Izabel, Castanhal, Abaetetuba, Barcarena, Moju e Acará, com ensino médio completo, que não estavam empregadas em regime formal nem matriculadas em cursos técnicos ou de graduação no momento da inscrição.
Com 160 horas de duração, os cursos iniciaram em agosto, após o processo de mobilização realizado em julho, quando a Malungu, por meio das coordenações de Gênero e Juventude, iniciou o chamamento das mulheres quilombolas para participar da seleção.

Entre as formandas, Dona Terezinha, de 58 anos, moradora do quilombo Samaúma, em Abaetetuba, compartilhou emocionada o quanto a experiência transformou sua vida:
“Eu entrei no curso de Informática Básica, e fez uma mudança muito grande e importante na minha vida, porque eu não tinha conhecimento nenhum sobre informática, eu nem sabia ligar um computador. Então eu quero agradecer profundamente ao Instituto BEI, à Malungu, por terem se levantado como uma coluna e nos abrirem esse caminho do conhecimento. Desejo que muitas outras mulheres sejam beneficiadas por outros cursos, para que elas também sejam abençoadas”, disse ela.

O Pacto Jovem Mulher Quilombola busca fortalecer a autonomia econômica e social das mulheres quilombolas, ampliando suas oportunidades de inserção no mercado de trabalho e promovendo acesso à educação profissional de qualidade.
“Estamos imensamente felizes pelo impacto que esse projeto alcançou, pela mudança de perspectiva no olhar dessas mulheres. A Malungu teve um papel fundamental de mobilização, de pensar em cada detalhe, em como receberíamos essas mulheres em cada curso que foi pensado”, disse Carlene Printes, Coordenadora de Gênero da Malungu.
A formação buscou fortalecer a autonomia econômica e social das mulheres quilombolas, além de ampliar suas oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Realizada pelo Instituto BEI, em parceria com a Malungu e com apoio do SENAI, a iniciativa ofereceu cursos de qualificação profissional, bolsa-auxílio, mentorias individuais e coletivas e orientação para o planejamento de carreira.
Então, essas mulheres estão de parabéns, porque de fato nós alcançamos um marco histórico. Foi a primeira turma, e esperamos que mais mulheres possam ser formadas e alcançar impactos e perspectivas longínquas de emprego e renda”, concluiu Carlene.